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Mísseis chineses provocam tensões militares com porta-aviões dos EUA

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O Exército da Libertação Popular da China (PLA) lançou, na última quarta-feira (26), diversos mísseis balísticos anti-navio no Mar do Sul, durante um exercício militar, relataram diversos veículos internacionais de imprensa. Se comprovados os lançamentos, o PLA conseguirá ter certeza sobre sua capacidade de atingir alvos marítimos por várias direções em ataques coordenados e saturados, contra os quais não há possibilidade de defesa, segundo afirmaram analistas no dia seguinte ao ocorrido.

A Bloomberg recebeu denúncia de um oficial de defesa norte-americano, que preferiu se manter no anonimato, sobre os lançamentos de quatro mísseis balísticos de médio alcance na região chinesa. Os referidos mísseis caíram no mar, em uma área entre as ilhas de Hainan e Xisha, no sul da China; e os exercícios do PLA estavam sendo realizados nas águas de segunda a sábado, de acordo com aviso de restrição à navegação divulgado pela Administração de Segurança Marítima de Hainan.

Informações extraoficiais recebidas pelo jornal South China Morning Post dão conta que os mísseis são um DF-26, lançado de Qinghai, noroeste chinês, e um DF-21D, lançado de Zhejiang, leste do país. Ambos os mísseis são pioneiros na capacidade de atingir navios de grande e médio porte, rendendo-lhes o singelo título de “matadores de porta-aviões”.

Por conta da saraivada de lançamentos, os EUA estão em estado de alerta, uma vez que tais armas são de suma importância para dissuadir quaisquer ações militares na costa oriental – mesmo com a alegação do Ministério da Defesa chinês de que os exercícios não foram direcionados a nenhuma nação específica, o porta-voz da pasta, coronel sênior Wu Qian, acusou “alguns políticos dos EUA” de tentar provocar conflitos entre as duas nações.

A ação militar tem por objetivo testar a capacidade das tropas chinesas e vem como resposta à uma série de exercícios militares realizados pelo governo norte-americano na mesma região do Mar do Sul da China nas últimas semanas, autorizados pelo secretário de Estado, Michael Pompeo, em um claro recado sobre a oposição americana às reivindicações chinesas sobre a rota marítima disputada também por Brunei, Filipinas, Malásia, Taiwan e Vietnã.

Em live promovida no último domingo (30) entre os sócios da Arko Advice, coube a Thiago de Aragão abordar o assunto e sua consequência para o Brasil. Segundo o sociólogo, o Brasil tem o Mar do Sul da China como sua principal rota marítima para levar seus produtos nacionais para serem distribuídos nos portos chineses e, caso a região se torne mesmo uma área perigosa para navegação, graças à ruidosa relação entre China e EUA, o comércio sino-brasileiro corre sério risco de ser gravemente interrompido, sobretudo nos setores de mineração e de soja.

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