O presidente norte-americano Donald Trump anunciou o término dos Estados Unidos com a Organização Mundial da Saúde (OMS), na última sexta-feira (30), alegando que a organização teria se tornado um fantoche chinês. Trump informou que a OMS foi comunicada das reformas que deveriam ser feitas dentro da organização para que os EUA mantivessem contato e cobrou transparência da China.
A OMS e diversas lideranças mundiais pediram para que os Estados Unidos reconsiderarem a participação do país na agência, que faz parte das Nações Unidas. No último sábado (30), a União Europeia fez um apelo para que os Estados Unidos reconsiderem a decisão. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, pediram, em um comunicado, que os EUA reconsiderem a decisão que anunciaram, ressaltando o momento de ameaça global da pandemia e a necessidade de uma boa cooperação em busca de soluções comuns.
Hoje (1º), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que a entidade gostaria de continuar colaborando com os Estados Unidos e ressaltou a importância da participação do país na organização. Segundo ele, a contribuição e generosidade dos Estados Unidos para a saúde global ao longo de muitas décadas têm sido imensa e fez uma grande diferença na saúde pública em todo o mundo. Portanto, é desejo da OMS que essa colaboração continue, afirmou o diretor-geral.
Além da fragilidade devida à pandemia, o rompimento dos Estados Unidos com a OMS coloca em risco programas de saúde em países mais pobres. Os EUA são o principal contribuinte da agência e recentemente já havia reduzido sua contribuição financeira .A contribuição norte-americana é destinada essencialmente à África e ao Oriente Médio, e ajuda a financiar ações de luta contra as emergências de saúde, programas de erradicação da poliomielite. Além de melhorar o acesso aos serviços de saúde e à prevenção e luta contra as epidemias.
Diante do atual cenário, a OMS pediu a seus contribuintes que compensem a saída norte-americana.