A balança comercial brasileira teve déficit de US$ -0,701 bilhão e corrente de comércio de US$ 9,389 bilhões, na terceira semana de maio deste ano, com exportações de US$ 4,344 bilhões e importações de US$ 5,045 bilhões. Ainda segundo os dados divulgados hoje (25) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações somaram, no ano, US$ 81,19 bilhões e as importações, US$ 66,604 bilhões, com saldo positivo de US$ 14,586 bilhões e corrente de comércio de US$ 147,794 bilhões.
Quanto à análise do mês, as exportações, ao comparar a média diária até a terceira semana de maio deste ano (US$ 921,9 milhões) com a de maio do último ano (US$ 936,02 milhões), nota-se uma baixa de -1,5% por conta do decréscimo nas vendas na indústria extrativa (-24,9%) e de produtos da indústria de transformação (-14,7%). Em contrapartida, caíram as vendas em agropecuária (+59,0%).
Essa baixa nas exportações deve-se sobretudo pela queda nas vendas dos seguintes produtos da indústria extrativista: óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-26,8%); minério de ferro e seus concentrados ( -27,9%); outros minérios e concentrados dos metais de base ( -13,5%) e pedra, areia e cascalho (-18,1%).
No que diz respeito aos produtos da indústria de transformação, houve um decréscimo nas exportações em virtude das aeronaves e outros equipamentos, inclusive suas partes (-95,2%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, salvo os óleos brutos, (-51,9%); veículos automóveis de passageiros (-91,2%); motores e máquinas não elétricos, e suas partes, salvo motores de pistão e geradores (-67,1%) e produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-35,9%).
Quanto às importações, a média diária até a terceira semana de maio deste ano (US$ 736,25 milhões) foi 8,2% superior à média de maio de 2019 (US$ 680,37 milhões). Nessa comparação, percebe-se uma queda nos gastos, especialmente com agropecuária (-6,8%) e com a indústria extrativa (-50,8%). No que diz respeito aos produtos da indústria de transformação, subiram os gastos (13,6%).
Esse incremento das importações foi resultado sobretudo do aumento dos gastos com os seguintes produtos da indústria de transformação: plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (+66.685,4%); obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (+344,5%); adubos ou fertilizantes químicos, salvo fertilizantes brutos, (+26,4%); tubos, canos e mangueiras, e seus acessórios, de matérias plásticas (+444,1%) e artigos confeccionados, total ou principalmente de matérias têxteis (+482,1%).