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Alta recorde da exportação de algodão pode não se repetir no próximo trimestre

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A exportação de algodão brasileiro gerou uma receita de US$ 976 bilhões, dando continuidade ao crescimento já observado no primeiro trimestre de 2019, e gerando uma alta de 82,8% no mesmo período de 2020.

Divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, os números denotam que a pandemia de covid-19 não influiu sobre as exportações do produto, mas se espera os resultados de abril para se observar uma possível retração – ou não – por conta da pandemia do novo coronavírus. Assim sendo, no primeiro trimestre, o algodão ficou responsável por 1,97% das exportações totais do Brasil, ficando em 13º lugar na lista dos principais produtos exportados pelo país e em 3º lugar na relação de agronegócios. Já os embarques de algodão para a China cresceram 119,1%, gerando receita total de US$ 280 milhões e respondendo a 28,7% das vendas totais do produto, sendo o principal mercado para o algodão no exterior.

O maior estado exportador de algodão foi o Mato Grosso, que ampliou em 90,1% suas vendas externas do produto, o que corresponde a 68,7% dos embarques realizados no país nesse primeiro trimestre, seguido por Bahia (US$ 146 milhões e participação de 15%), São Paulo (US$ 96 milhões e participação de 9,88%), Goiás (US$ 23 milhões e participação de 2,35%) e Maranhão (US$ 11 milhões e participação de 1,09%).

Contudo, enxerga-se um problema para o futuro. A China, no último mês, pediu o adiamento de entregas do produto, pois, durante crises econômicas, o setor têxtil é sempre um dos primeiros a sofrer os baques. Com isso, prevê-se retração no próximo trimestre e números não tão extraordinários para o produto.

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