Ao assinar, na última quarta-feira (15), o acordo comercial inicial com a China, os Estados Unidos, por meio de seu presidente Donald Trump, afirmaram que novas negociações estão em andamento para resolver queixas do gigante asiático e que as tarifas sobre as importações serão mantidas como poder de barganha. Há comoção e alívio no mercado global por conta da assinatura de tal acordo, depois de tantas especulações e negociações quanto aos termos, mas setores brasileiros, como o agrícola, podem ser afetados negativamente, em contrapartida à expectativa de aumento do crescimento global. Apesar de o acordo prometer mais de US$ 200 milhões em produtos americanos pelos chineses, o agronegócio brasileiro não deverá ter o excelente ano que teve em 2018, correndo risco de queda no valor de US$ 10 bilhões em exportações para os chineses, que passaram a comprar do Brasil em retaliação às tarifas norte-americanas adotadas em 2018. A soja deve ser o insumo mais afetado, a qual teve vertiginoso aumento de vendas pela China desde os aumentos tarifários dos EUA, e chegou a um recorde de 74 milhões de toneladas exportadas no ano passado. Entretanto, especialistas afirmam que a queda pode não ser tão drástica quanto parece, já que a previsão é que os valores voltem à média de antes da guerra comercial, com altas cifras no primeiro semestre (que é quando ocorre a colheita brasileira) e dominância americana no segundo (que é quando ocorre a colheita por lá), com valores próximos de 64 milhões de toneladas de soja exportadas. |
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