Frente ao conflito político interno em ação na Bolívia após a renúncia do presidente Evo Morales, a União Europeia ofereceu ajuda cooperativa para agir na pacificação do país e na preparação das novas eleições. O embaixador do bloco na Bolívia, León de la Torre Krais, reuniu-se com a autoproclamada presidente, Jeanine Añez, neste domingo (17) para oferecer apoio ao Tribunal Supremo Eleitoral e a possibilidade de envio de uma missão de observância, como a da Organização dos Estados Americanos (OEA). Krais ainda afirmou, em discurso na frente do Palácio Quemado, sede do governo boliviano, que apoia a ideia da Conferência Episcopal Boliviana de dialogar com governo, oposição e movimentos sociais, e que não há uma data definida para o pleito, além de pedir que os líderes não façam declarações “incendiárias”. A senadora Añez assumiu o governo interinamente depois de se autoproclamar presidente em sessão sem quórum no Congresso, ocupando o vácuo político deixado por Morales, depois de este deixar o cargo por fraudes na sua última reeleição. O ex-presidente boliviano declarou ser favorável à mediação europeia, sobretudo da Espanha, apesar de discordar da posição de alguns países do bloco. |
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