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Eleição argentina faz Bolsonaro ver risco para o Mercosul

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (28), durante viagem aos Emirados Árabes, lamentar a eleição de Alberto Fernández (chapa com Cristina Kirchner) na Argentina e que não parabenizará o novo presidente do país.

Alguns dias antes do pleito argentino, Bolsonaro reafirmou a intenção de manter as relações bilaterais entre os dois países mas levantou a possibilidade da Argentina ser “afastada” do Mercosul caso o novo presidente interfira no acordo entre o bloco e a União Europeia. Em julho, Fernández disse que caso o acordo entre os blocos represente uma desindustrialização para a Argentina, o acordo seria revisto.

O Mercosul é composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Venezuela aderiu ao bloco em 2012, mas está suspensa, desde dezembro de 2016, por descumprimento de seu Protocolo de Adesão e, desde agosto de 2017, por violação da Cláusula Democrática do bloco.

De janeiro a setembro deste ano, as exportações brasileiras para o Mercosul registraram o menor valor nos últimos dez anos, o equivalente a US$ 11,1 bilhão. Em 2018, as exportações somaram US$ 16,7 bilhões. O segundo menor registro ocorreu em 2016, quando as exportações somaram US$ 13,4 bilhões.

A Argentina é o terceiro parceiro comercial do Brasil no mundo – é o primeiro se considerada somente a América Latina. Além disso, 5% das exportações brasileiras vão para o país vizinho, colocando a Argentina atrás somente de China e Estados Unidos.

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