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Pesquisa mostra apoio no Congresso à venda da Eletrobras

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A privatização da Eletrobras já sofre menos resistência no Congresso do que na legislatura anterior. Uma enquete com 220 deputados e 27 senadores, publicada no jornal Valor(10/10), mostra que a transferência do controle da empresa é apoiada por 50,5% dos parlamentares entrevistados, enquanto 36,5% ainda se opõem.

O último levantamento, feito em novembro de 2017, ainda na gestão Temer, apontava 43,6% de oposição à proposta. Hoje os que se dizem contra representam sete pontos percentuais abaixo, o que pode ser reflexo de um Congresso de viés mais liberal, fruto da mudança de governo após as últimas eleições.

A nova enquete foi realizada num momento em que sequer há projeto em tramitação sobre o tema. E os dados contradizem a declaração dada em setembro pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), segundo a qual o governo teria dificuldade em privatizar a empresa. Após a declaração, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, reafirmou a intenção do governo de seguir em frente com a operação.

A pesquisa revelou também que o nível de apoio à privatização da estatal pouco se altera (vai de 50,5% para 54,7%)quando os parlamentares são confrontados com a possibilidade de se usarem “estímulos” no leilão. Tais como recursos em medidas de revitalização do rio São Francisco ou a existência de uma goldenshare (ação com direito a veto em decisões estratégicas) nas mãos da União. Há dois anos, a presença da goldenshare fazia o patamar de aprovação crescer para mais de 60%.

Enel voltará às compras

Após arrematar a distribuidora de energia de Goiás (Celg-D), em 2016, e a Eletropaulo, em 2018, o grupo italiano Enel não entrou em novas disputas no setor. Mas o CEO global da empresa, Francesco Starace, confirmou na semana passada interesse em voltar às aquisições em 2020, mencionando a CEB (distribuidora do Distrito Federal, cujo processo de desestatização vem sendo conduzido pelo BNDES).Ele disse que o ativo “faria sentido” para a Enel devido a sinergias com a operação em Goiás.

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