O senhor é relator do projeto da Reforma da Lei de Licitações. Há previsão de votação dessa matéria?
A matéria está em pauta. A ideia era começar a discussão, mas a questão da [Reforma da] Previdência inviabilizou qualquer avanço. Continuamos negociando, conversando com todos os partidos, exatamente no sentido de diminuir qualquer tipo de resistência, para fazer a votação de uma forma mais séria. Ela está na pauta e a ideia do presidente é de votar. Espero que consigamos isso esta semana.
Sobre a Reforma da Previdência, além da questão do BPC [Benefício de Prestação Continuada] e da aposentadoria rural, o Solidariedade entende que há outros pontos que podem ser aprimorados?
O deputado Paulinho [presidente do partido] é experiente nessa área. Ele tem observações com relação às questões da capitalização. Acho que a gente precisa certamente ver alguns pontos, não temos ainda uma linha partidária. Tenho defendido a Reforma da Previdência por perceber que o Brasil precisa para voltar a gerar emprego, equilibrar a economia. Na Comissão Especial vão vir muitas sugestões e mudanças.
Como vê a possibilidade de o governo tocar uma agenda no Congresso sem base parlamentar?
Isso é muito ruim. A gente tem dito isso e espero que o governo dê atenção a isso. Muitas coisas foram distorcidas, como dizer que o Parlamento quer extorquir o governo. Isso não é verdade. Esse não é o sentimento da maioria dos deputados. Em qualquer democracia do mundo existe a base aliada e a oposição. Quem é governo precisa ser tratado como aliado, ou seja, o parlamentar precisa sentir no governo que ele defende as ações que são importantes para o seu estado e a sua base política. É isso que o governo não está sabendo fazer. Já criou aproximação através de bancadas temáticas e estaduais, mas acho que isso só se dará mesmo através de bancadas partidárias.