Início » A falta de consenso no mundo político

A falta de consenso no mundo político

A+A-
Reset


Pesquisa realizada pelo Datafolha com 311 (275 deputados e 36 senadores) dos 594 parlamentares mostra que há uma grande indefinição no mundo político sobre o rumo a ser tomado caso o presidente Michel Temer (PMDB) não resista a atual crise política.

Não há consenso entre os eleitores da eleição indireta se Temer deveria sair, como deveria deixar o poder, qual o posicionamento em relação à PEC das Diretas nem mesmo o nome que deveria substituir o atual presidente no Palácio do Planalto.

Questionados sobre Michel Temer deve deixar o continuar na Presidência, 47% dos parlamentares são favoráveis a saída de Temer. Outros 40% querem sua permanência no poder. Há ainda 14% que não sabem ou não responderam.

Caso Temer saia do poder, 36% dos parlamentares entrevistados querem que isso ocorra via renúncia. 34% falam em cassação via Justiça Eleitoral, enquanto apenas 6% defendem o impeachment.

Eleições Diretas ou Indiretas?

Em relação à PEC das Diretas, que estabelece a realização de eleição direta para presidente da República neste ano em caso de vacância do cargo, 47% dos parlamentares são contrários a propostas, enquanto 46% são favoráveis.

Ao serem questionados espontaneamente sobre quem deveria ser o sucessor de Michel Temer em caso eleições indiretas, 61% dos parlamentares não souberam responder. 9% citaram o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enquanto o ex-ministro Nelson Jobim (PMDB-RS), e os ex-presidentes da República Lula (PT) e FHC (PSDB) contabilizaram 2%.

No cenário estimulado, Maia atinge 13%. Em segundo lugar aparece Jobim com 7%. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), FHC (PSDB) e o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) tem 5% cada. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) soma 4%. Lula, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) e o ex-presidente do STF Carlos Ayres Britto somam 3%. O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) e o ministro do STF, Gilmar Mendes somam 2%. Aparecem ainda com apenas 1% o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e a presidente do STF, Carmen Lúcia.

Conforme podemos observar, a falta de consenso do mundo político sobre o que fazer no cenário “pós-Temer” é um fator que tem ajudado o atual presidente a ganhar fôlego nas últimas semanas, mesmo que o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a possível delação de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e a eventual saída do PSDB da base aliada representem riscos importantes para Temer.

Páginas do site

Sugira uma pauta ou fale conosco

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais