O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), garante que a base aliada do presidente em exercício Michel Temer está “pronta para votar e aprovar” o projeto de lei que trata da renegociação das dívidas dos Estados. Segundo ele, o limite de gastos será essencial. “O governo não abre mão”, disse em entrevista ao blog.
O adiamento da votação da renegociação das dívidas dos Estados é uma derrota para o governo?
Claro que não. O relator fez um pedido para adiar a votação da proposta, para ter mais tempo para analisar as emendas. O governo não seria intransigente para atender um pedido de um relator como o Esperidião Amin (PP-SC), um cara sério e respeitado na Câmara.
Não é preciso negociar melhor com a base?
A base está pronta para votar e aprovar a proposta de renegociação das dívidas. Óbvio que alguns não concordam com o projeto, por questões pessoais. O governo tem uma base ampla, motivo pelo qual é difícil ter unanimidade. Opiniões divergentes é natural. Mas a base está pronta para votar e aprovar.
A Câmara tem medo de votar projetos contra o funcionalismo público?
A essência do projeto é exatamente o limite de gastos por parte dos Estados. Esse é o ponto principal do projeto e será mantido. Os estados terão renegociação da dívida de até 20 anos para o pagamento. Agora tem que ter a contrapartida. E a contrapartida é exatamente a limitação do aumento de gastos para os Estados. Porque, caso não seja assim, os Estados continuarão sempre gerando dívida.