Levantamento realizado pela Arko Advice aponta que o PT terá enormes dificuldades para eleger ou reeleger prefeitos nas capitais nas eleições municipais de outubro. Das 26 capitais, apenas em Rio Branco o partido tem chance alta de vitória.
Para efeito de comparação, nas eleições municipais de 2012, o PT foi vitorioso em São Paulo (Fernando Haddad), Goiânia (Paulo Garcia), Rio Branco (Marcus Alexandre) e João Pessoa (Luciano Cartaxo, que migrou recentemente para o PSD).
Este ano, no melhor cenário, o PT elegerá dois prefeitos (Marcus Alexandre, em Rio Branco, e, talvez, João Paulo, em Recife). Embora o diretório nacional do PT priorize a eleição em São Paulo, Fernando Haddad poderá nem sequer chegar ao segundo turno (hoje, Haddad tem apenas 8% das intenções de voto nas pesquisas).
Em relação às alianças, o PT apoiará o PMDB em apenas uma capital (Aracaju), confirmando o afastamento entre ambos, o que era esperado por causa do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Os petistas apoiarão o PCdoB em duas capitais (Salvador e Rio de Janeiro).
PT também terá dificuldades nos municípios pequenos
Além dos chamados grandes centros urbanos, o PT também deverá encolher nos pequenos e médios municípios, consequência da grave crise política que atinge a legenda.
Dependendo do desempenho da sigla em outubro, até mesmo um racha não pode ser descartado. O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro, um dos líderes da Mensagem ao Partido – oposição a Construindo um Novo Brasil (CNB), no comando do diretório nacional há 21 anos –, está articulando a formação de uma frente de esquerda que poderá culminar no surgimento de uma dissidência interna.