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Resumo da temperatura política depois do ato do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão:
- A solução está nas mãos do presidente do Senado, Renan Calheiros, que marcou a votação do impeachment para a quarta-feira, dia 11, em obediência à lei. Dificilmente mudaria essa decisão;
- Espera-se uma solução política formal para o caso até o final dia. Vários recursos já chegaram ao Supremo, que poderá se pronunciar antes de Renan com tendência a desfazer a decisão de Maranhão;
- A cúpula do governo que deverá assumir na quinta-feira mantém a convicção de que o prazo da votação será mantido;
- O presidente da Câmara não tem competência para anular uma votação. Somente o Supremo tem essa competência, diante da comprovação de uma irregularidade;
- Poderá ser pedida a cassação de Waldir Maranhão ao Conselho de Ética da Câmara por haver assinado ato que extrapola sua competência. Seu partido, o PP, pode expulsá-lo e pedir sua cassação ao TSE;
- A avaliação dos políticos é que foi uma manobra destinada a tumultuar o processo do impeachment na véspera da votação que poderá afastar temporariamente a presidente;
- Maranhão cumpriu a promessa feita aos jornalistas na sexta-feira: “Eu vou surpreender vocês”;
- O ministro Luiz Fux negou mandado de segurança do governo que pedia a anulação do processo de impeachment com base no mesmo argumento do Waldir Maranhão (PP-MA), ou seja, que os líderes partidários não poderiam ter encaminhado os votos da bancada durante a votação na Câmara.