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Manifestações aumentam fragilidade

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Confirmando nossas expectativas, o comparecimento às manifestações neste domingo ultrapassou os três milhões de pessoas, superando o recorde de público do primeiro protesto do dia 15 de março de 2015. Os números impressionam e mantêm o governo numa situação delicada. Conforme já alertamos, as consequências são as seguintes:

  1. Obriga a presidente da República a buscar alternativas institucionais para a superação da crise. O líder do PP, Aguinaldo Ribeiro, sugeriu que a convocação do Conselho da República. O conselho tem a participação do vice-presidente, do ministro da Justiça, dos presidentes do Senado e da Câmara, e dos líderes do governo e da oposição das duas Casas, bem como de seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade, sendo dois nomeados pelo presidente, dois eleitos pelo Senado e dois pela Câmara.
  2. Aumenta a pressão a favor do impeachment. A Comissão deve começar a funcionar nas próximas semanas, no final de março.
  3. Agrava a crise de credibilidade frente aos aliados. Acuado, o governo terá dificuldades de gerenciar sua base política. O PMDB decidirá, no auge do funcionamento da Comissão do Impeachment (meados de abril), se sai do governo ou não.
  4. Obriga o PT a fazer mobilizações também convincentes, com grande comparecimento. Está agendada para sexta-feira (18), mobilização convocada por aliados do governo. Há uma outra marcada para o dia 31.
    Aumenta o risco de tensão social.. Os ânimos exaltados e ambos preocupam não apenas o meio político, mas também o comando militar.
  5. Estimula a realização de novos protestos, com apoio da oposição. É possível que as mobilizações pró e contra o governo se tornem mais frequentes a partir do início da análise do impeachment pela Câmara.

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