O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a União Europeia (UE) firmaram uma parceira para promover o desenvolvimento sustentável e aumentar investimentos no Brasil. O acordo foi formalizado pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e pela comissária da UE para Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, durante o IV Fórum Brasil-União Europeia, realizado na sede do BNDES.
A parceria incluir uma doação de 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 120 milhões) da UE ao Fundo Amazônia. Mercadante ressaltou que os 27 países contribuíram, fortalecendo o fundo, que é reconhecido pela gestão transparente na resposta à crise climática.
Reduzimos o desmatamento em 50%; é por isso que essas contribuições estão sendo fortalecidas”, afirmou.
Urpilainen destacou que a Comissão Europeia se une aos estados-membros da UE na contribuição, apoiando os esforços do governo brasileiro na luta contra o desmatamento. Mercadante também enfatizou a importância da Amazônia para o equilíbrio climático global e a conectividade das populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
Alemanha dentro do Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia, com R$ 3,9 bilhões em recursos, registrou um recorde de investimentos em novas ações em 2023, após quatro anos de inatividade. Mercadante anunciou ainda a conclusão de negociações com o Banco Europeu de Investimentos para um financiamento de 300 milhões de euros.
É mais dinheiro para nossa economia,” destacou Mercadante, referindo-se ao empréstimo em condições favoráveis que aguarda aprovação pelo Senado Federal.
Além disso, a Alemanha e o BNDES anunciaram a liberação de cerca de R$ 88 milhões (15 milhões de euros) ao Fundo Amazônia, através do banco estatal KfW. Assim, os alemães se reafirmam como o segundo maior doador do fundo, com contribuições que superam R$ 500 milhões.
Dessa forma, Alemanha se junta às doações de outros países como Noruega, Estados Unidos e Japão, além das previstas pelo Reino Unido. Assim, o BNDES também receberá recursos do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) para o Programa Floresta Viva.
O programa visa aumentar a cobertura vegetal com espécies nativas em todos os biomas brasileiros, desde a coleta de sementes até os plantios. Por fim, os primeiros editais para os biomas de Manguezais, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica já foram lançados.