Iago Nava O programa Desenrola Pequenos Negócios registrou um volume financeiro de dívidas em renegociação de R$ 2.483.579.215 até o dia 2 de julho. Com um total de 69.635 contratos renegociados, o programa beneficiou 42.216 clientes. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (8).
renegociação de dívidas pelo programa do governo teve crescimento de clientes – Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
O volume financeiro demonstrou um “crescimento expressivo” ao longo de junho. Em 12 de junho, o total já era de R$ 1,25 bilhão, subindo para R$ 1,68 bilhão no dia 24. Nos últimos dias do mês, o valor atingiu R$ 2,48 bilhões, representando um aumento de 70% desde o início do programa.
Dentre as regiões do país, o Sudeste lidera com o maior volume renegociado, totalizando R$ 1.043.097.842. O Nordeste vem depois, com R$ 466.22.187, seguido pelo Sul (R$ 340.383.388), Centro-Oeste (R$ 237.706.948) e Norte (R$ 104.611.156). Além disso, São Paulo se destacou com o estado com o maior número de renegociações, contabilizando 11.016 clientes (26%), 20.917 contratos (30%) e um volume financeiro de R$ 694.055.097 (28%).
Renegociação de dívidas em alta
Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo
O programa Desenrola Pequenos Negócios é uma iniciativa para auxiliar pequenos empresários a superarem dificuldades financeiras. Ele conta com a participação de sete bancos que representam 73% da carteira de crédito de micro e pequenas empresas: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Sicredi e Mercantil do Brasil.
Assim, para participar microempreendedores e pequenos empresários devem contatar a instituição financeira onde possuem dívidas. Microempreendedores individuais (MEI) e pequenos empresários podem realizar as renegociações através de agências, internet ou aplicativos móveis. Porém, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que apenas bancos cadastrados no programa podem oferecer condições especiais de renegociação, e recomenda cautela com ofertas suspeitas.
Por fim, o programa abrange dívidas não pagas até 23 de janeiro de 2024. Ele se destina para MEIs e empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.