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Em crise, Magazine Luiza fecha negócio da China com AliExpress

O marketplace chinês e a varejista brasileira unem forças, mas desafios financeiros do Magalu persistem

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Nesta segunda-feira (24), o AliExpress anunciou uma parceria estratégica com o Magazine Luiza para vender produtos da linha “Choice” no Brasil, através do marketplace do Magalu. Essa linha inclui produtos com “o melhor custo-benefício e velocidade de entrega”, segundo comunicado enviado ao mercado.

Juntas, as plataformas de e-commerce somam mais de 700 milhões de acesso – Foto: Divulgação/ Magazine Luiza

A expectativa é que a parceria comece no terceiro trimestre de 2024, embora as negociações tenham iniciado no ano passado. Os produtos disponíveis incluirão itens de cauda longa, como produtos de beleza, eletrônicos e de escritório.

Além disso, o Magazine Luiza também anunciou que distribuirá seus produtos 1P, que são vendidos diretamente ao consumidor final pelo e-commerce, em todo o Brasil através da plataforma do AliExpress Brasil. Inicialmente, serão vendidos itens das categorias de bens duráveis, utilizando a rede logística já estabelecida para fortalecer as vendas com estoque próprio.

Para o Magazine Luiza, a parceria oferece acesso a uma maior diversidade de acessórios de informática, produtos de moda, ferramentas e itens para bebês. Sendo assim, a “fusão” promete potencializar duas das maiores audiências do e-commerce brasileiro, que juntas somam mais de 700 milhões de visitas mensais.

Chance de sair da crise

Centro de distribuição do Magalu, em Louveira, SP – Foto: Leandro Fonseca/04/07/2018

No entanto, apesar da parceria parecer um bom negócio, especialistas não sabem dizer se será o suficiente para reerguer as finanças da gigante varejista brasileira. Apesar de lucrativo recentemente, o Magazine Luiza teve prejuízo de R$ 550,1 mi em 2023, mais que os R$ 372,1 mi de 2022. A dívida total da empresa também cresceu, alcançando R$ 7,4 bilhões, com 40% vencendo a curto prazo.

Além disso, as lojas físicas do varejistas enfrentaram uma queda de 8% nas vendas no último trimestre de 2023, impactadas com o período da Copa do Mundo de 2022, que foi mais forte em vendas. Apesar disso, as vendas totais permaneceram estáveis ano a ano.

Para enfrentar os desafios financeiros, em janeiro deste ano, a família Trajano e o banco BTG realizaram uma injeção de R$ 1,25 bilhão na companhia por meio de um aumento de capital. Essa operação foi parte dos esforços para reestruturar as finanças da empresa e fortalecer a posição no mercado varejista.

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