Nesta quinta-feira (13), o presidente Lula enfatizou a importância de equilibrar as relações entre capital e trabalho para combater desigualdades sociais. Ele fez essa e outras declarações no encerramento do fórum inaugural da Coalizão Global para a Justiça Social, durante a 112ª Conferência da OIT em Genebra, Suíça.
Lula, que exercerá a co-presidência da coalizão ao lado do diretor-geral da OIT, Gilbert Houngbo, enfatizou que “não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na desigualdade”. Ele também ressaltou a urgência de implementar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Sendo assim, durante o discurso, Lula destacou o aumento da informalidade global no mercado de trabalho, mencionando que o número de informais subiu de cerca de 1,7 bilhão para 2 bilhões este ano. Em sequência, ele defendeu a taxação dos super-ricos, citando o aumento significativo de bilionários concentrando riqueza equivalente ao PIB de grandes economias.
Lula fala sobre sustentabilidade
Além disso, o presidente brasileiro ainda enfatizou a necessidade de uma transição justa e sustentável. “As florestas tropicais não são santuários para o deleite da elite global, tampouco podem ser tratadas como depósitos de riquezas a serem exportadas. Debaixo de cada árvore vivem trabalhadoras e trabalhadores que precisam de emprego e renda”, disse.
Por fim, Lula encerrou o discurso enfatizando a importância da coalizão recém-lançada. Então, a Coalizão Global para a Justiça Social conta com mais de 250 membros, incluindo governos, organizações de trabalhadores e instituições financeiras.
Atualmente, a 112ª Conferência Internacional do Trabalho da OIT, de 3 a 14 de junho, reúne representantes de 187 Estados para discutir desafios globais e políticas trabalhistas.