A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou o projeto de lei que autoriza a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado). Foram 62 votos favoráveis e 1 contrário na noite dessa quarta-feira (6).
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Após grande confusão entre policiais militares e manifestantes da oposição que estavam na galeria do plenário, a sessão foi suspensa durante 1 hora e 21 minutos. Com a retomada dos trabalhos, os partidos de oposição não retornaram ao plenário como forma de protesto aos policiais por jogarem spray de pimenta nos manifestantes.
O deputado Marcio Nakashima (PDT-SP), que votou contra ao projeto, criticou a continuação da votação após a confusão.
Sobre o projeto de privatização da Sabesp
A proposta do governo paulista prevê investimentos de R$ 66 bilhões até 2029. Isso representa R$ 10 bilhões a mais em relação ao atual plano de investimentos da Sabesp. Além disso, antecipa a universalização do saneamento, de 2033 para 2029.
Nos últimos meses, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) liberou emendas e coordenou um processo de aproximação com deputados estaduais. Isso fez com que a proposta passasse a ser vista com bons olhos na casa.
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O governo quer diminuir a participação na Sabesp de 50% para até 15%. A Alesp autorizou o projeto de privatização que prevê a manutenção do poder de veto para o Estado sobre alguns pontos. Além disso, cria um fundo para universalização do saneamento, que será usado para subsidiar a tarifa e financiar ações de saneamento básico.