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Lula tem compromisso com povos indígenas, diz Padilha

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Nesta segunda-feira (16), o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, afirmou que o presidente Lula “tem compromisso com os direitos dos povos indígenas e compromisso com a Constituição brasileira”. Na ocasião, Padilha foi questionado sobre possíveis vetos ao projeto de lei que estabelece o marco temporal. Contudo, o texto está na mesa para sanção de Lula. 

Os possíveis vetos, segundo Padilha, estão em análise pelas diversas pastas do governo. “Estamos aguardando a manifestação dos ministérios, temos até o dia 20 de outubro, prazo limite para essa decisão [para a sanção do texto]. Os vários ministérios estão começando a se posicionar, teremos reunião essa semana – Casa Civil, SRI – para tomar uma decisão final”, pontuou. 

O Senado aprovou o projeto no dia 27 de setembro. O texto estabelece que os povos indígenas só têm direito às terras que ocupavam ou reivindicavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da atual Constituição Federal, tese conhecida como marco temporal. 

Povos indígenas

Povos indígenas protestando em Frente Congresso Nacional – Foto: Oédson Alves/Agência Brasil

De acordo com o ministro, o texto aprovado pelos parlamentares tem diversos “penduricalhos que agridem, inclusive, terras já demarcadas e identificadas como terras indígenas”. “Desde as propostas de retorno dessas terras, retirada dessas terras das populações indígenas, de permitir práticas que não são aprovadas, inclusive, nos textos constitucionais”, disse. 

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“Certamente, a posição do presidente Lula será sempre uma posição de defender a Constituição, defender os direitos que estão garantidos na Constituição brasileira e compreender que as terras indígenas têm um valor para o conjunto do povo brasileiro, para a União. É um patrimônio da União e é um ativo muito importante nesse momento em que o Brasil assume um protagonismo mundial no enfrentamento à agenda das mudanças climáticas”, finalizou Padilha. 

Povos indígenas e o julgamento do STF

Na semana anterior à aprovação do texto, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia invalidado a tese do marco temporal. Os ministros da Corte, entretanto, definiram indenização para ocupantes de boa-fé. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), negou que a aprovação do projeto foi para afrontar o STF.  Após a sanção do projeto pelo presidente Lula, os possíveis vetos voltam para ser analisados pelos parlamentares, que poderão mantê-los ou derrubá-los. 

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