Apesar da pressão das demais bancadas dentro da Câmara dos Deputados, o governo segue resistente à ideia de aderir a uma reforma administrativa, ainda que branda. Em conversa com a Arko, lideranças petistas na Casa rechaçaram a possibilidade de um corte de gastos no funcionalismo público. Tanto o líder José Guimarães (PT-CE) como a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR), classificam a ideia como absurda.
Em conversa com jornalistas na última terça-feira (5), Guimarães disse que a reforma administrativa é uma “alma penada que perambula pela Câmara”, e disse que ela não é defendida pelo governo Lula. Ainda ontem, o ministro Fernando Haddad defendeu a retomada das discussões sobre o fim dos supersalários, numa tentativa de tentar suprir a demanda política por mudanças no funcionalismo público. Questionados, as lideranças lembraram que a proposta já foi aprovada pela Câmara, e que agora está sob a análise do Senado.
Na semana passada, 23 frentes parlamentares assinaram um manifesto em defesa da reforma administrativa, em um gesto de pressão para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) paute a PEC 32, que está pronta para análise do Plenário. Já Lira respondeu que não é possível aprovar uma PEC, que exige 308 votos, sem a participação do governo.