O Banco Central divulgou, nesta segunda-feira (4), dados que confirmam a transformação que o Pix provocou na forma como os brasileiros fazem transferências e pagamentos. Segundo o “Relatório de Gestão do Pix”, em dezembro de 2022 foram totalizadas 2,9 bilhões de transações financeiras via Pix, que representa um aumento de 1.900% em relação ao mesmo mês de 2020.
O serviço lançado em novembro de 2020 também apresenta crescimento elevado em número de chaves cadastradas. Atualmente, 133 milhões de pessoas e 11,8 milhões de empresas detêm 551 milhões de chaves vinculadas a aproximadamente quatrocentos milhões de contas. Considerando a população adulta, três a cada quatro pessoas estão habilitadas para usar o Pix.
Em relação ao volume transacionado, houve crescimento nominal de 914% em 24 meses. No mês de dezembro de 2022, foram R$1,2 trilhão movimentados por Pix. Considerando todas as transações já feitas até o final do ano passado, quase 61% delas foram inferiores a R$100. Se considerar apenas operações de pessoas físicas, 93% são abaixo de R$200.
“O Pix é um dos principais casos de sucesso globalmente na indústria de pagamentos na atualidade, assim, a divulgação desse relatório é bastante importante como forma de dar transparência às ações do BC e de prestar contas à sociedade”, afirmou o chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix, Carlos Eduardo Brandt.
Saque e troco via Pix
O serviço de saque e troco via Pix, lançado em dezembro de 2021, passou de 1.700 para 11.800 estabelecimentos habilitados em dezembro de 2022, que representa um aumento de 594% em um ano. As transações são mais recorrentes fora das capitais do país.
Curiosidades
O maior Pix já feito em uma única transação foi de R$1,2 bilhões, em dezembro de 2022. Nesse mês, o último que possui dados disponíveis, foram realizadas 103,6 milhões de transações, totalizando R$1,2 trilhão. Segundo o BC, em média, são liquidadas oito mil transações no último minuto do dia.