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Agência muda classificação do país e cotação do dólar atinge o menor patamar do ano

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A agência de classificação de risco S&P Global Ratings melhorou a perspectiva de longo prazo do Brasil de “estável” para “positiva”. A mudança desta vez reflete, segundo a agência, a possibilidade de maior crescimento econômico do país, somada aos sinais de maior certeza de estabilidade na condução da política fiscal e monetária, o que poderá levar a uma redução da taxa básica de juros, a Selic.

A agência manteve a nota de crédito soberano de longo prazo, atualmente em B. O resultado da decisão da S&P Global Ratings teve impacto na cotação do dólar. A moeda norte-americana fechou a R$ 4,814 e retovou novamente seu menor patamar do ano. A Bolsa manteve-se no positivo durante todo o pregão e fechou em alta de 1,99%, superando os 119 mil pontos pela primeira vez no ano.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a decisão da agência de classificação de risco S&P Global Rating de revisar para “positiva” a perspectiva da nota do Brasil. Aproveitou o momento para fazer um aceno favorável ao Congresso e ao Judiciário, ao mesmo tempo em que disse que “está faltando o Banco Central”.

O ministro Fernando Haddad compartilhou o resultado com o Legislativo e o Judiciário, que recentemente adotaram decisões favoráveis à política posta em prática pelo ministro. O Congresso aprovou medidas que elevam a arrecadação do governo.

A Câmara, por exemplo, avalizou, com mudanças, o novo arcabouço fiscal apresentado pela equipe econômica. A proposta encontra-se em análise no Senado, que deve votá-la neste mês. O Judiciário, por sua vez, decidiu em favor da Fazenda Nacional em temas que envolvem a disputa de bilhões de reais.

Dívida em queda

O mercado reviu para baixo sua estimativa para a relação da dívida pública com o PIB no fim deste ano. É o que mostra o Prisma Fiscal de junho, divulgado ontem pelo Ministério da Fazenda e baseado em estimativas de instituições financeiras, consultorias e gestoras de recursos.

A projeção, sempre mediana, para a dívida bruta do governo geral em relação ao PIB no fim do ano variou de 77,09% em maio para 76,67% para junho. No caso de 2024, a estimativa variou de 79,9% para 79,8% no mesmo intervalo.

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