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Lula desembarca em Brasília após visita de dois dias aos EUA e encontro com Biden

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O presidente Lula desembarcou na Base Aérea de Brasília por volta de 20h deste sábado (11), procedente de Washigton, nos Estados Unidos, após visita de dois dias ao país. Da Base Aérea, Lula seguiu para o Palácio da Alvorada, para onde se mudou com a esposa Rosângela, mais de um mês depois de tomar posse para o terceiro mandato.

Ontem, o presidente usou uma rede social para falar sobre a viagem: “Retorno ao Brasil depois de um ótimo encontro com o presidente Joe Biden, nos EUA. Estamos voltando a estabelecer parcerias importantes para o cuidado com nosso meio ambiente e na defesa da democracia. O Brasil está de volta ao debate mundial”.

No encontro dos dois presidentes, na sexta-feira, estiveram na pauta temas relativos ao meio ambiente, a guerra entre Rússia e Ucrânia e a defesa da democracia. Os dois enfrentaram ataques após serem eleitos.

Com Joe Biden, o Capitólio, a sede do Congresso, foi atacado por seguidores do antecessor, Donald Trump em janeiro de 2021. Com Lula, um grupo de vândalos simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro destruiu as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.

Após a reunião de sexta-feira, em comunicado conjunto, Biden anunciou, sem citar valores, a intenção norte-americana de colaborar com o Fundo Amazônia. Mas fontes informaram que a intenção dos EUA é fazer um aporte de US$ 50 milhões. O Fundo Amazônia estava parado desde 2019, primeiro da gestão Jair Bolsonaro, mas foi retomado por Lula no primeiro dia de governo.

O grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) deve formalizar convite a Lula para que participe da próxima reunião do grupo em maio, no Japão. Antes de embarcar de volta ao Brasil, Lula concedeu entrevista ao canal da GloboNews quando informou que em março viajará à China.

“O Brasil tem na China e nos Estados Unidos os seus dois grandes parceiros comerciais. O Brasil tem um superávit muito grande com a China e a gente quer manter essa grande exportação nossa para a China e a gente quer manter o crescimento das exportações para os Estados Unidos. Nós queremos aumentar a produção de manufaturados, porque só assim a gente pode recuperar a nossa indústria, e a exportação de manufaturados rende mais para o nosso país. Eu não vou participar de Guerra Fria com ninguém. Eu vou participar de uma política externa muito ativa e altiva”.

Na entrevista, Lula também falou das negociações entre a União Europeia e o Mercosul. “Vamos tentar concluir o acordo Mercosul-União Europeia. A Europa, junto com a América do Sul, a gente pode formar um bloco ainda muito mais forte para negociar com as duas potências, que inegavelmente são duas potências que estão muito distantes do restante dos países (China e EUA)”.

Além da China, em março, Lula tem previstas estas viagens ao exterior neste ano: Portugal – em abril; África – provavelmente em maio. Estão no roteiro África do Sul, Angola e Moçambique; Índia – cúpula do G20 em setembro; ONU – Assembleia Geral em setembro, em Nova York.

 

Convite a Biden

Lula convidou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a visitar o Brasil e o convite foi aceito. Esta informação consta do comunicado conjunto assinado pelos dois países na noite de sexta-feira. A viagem vai depender da agenda do governo americano e pode ficar para o ano que vem, quando Biden vai candidatar-se à reeleição.

Joe Biden seria o 11º presidente americano a visitar o Brasil. O histórico dessas visitas começou com Herbert Hoover em 1928, no governo de Washington Luiz, que seria afastado da Presidência dois anos depois, com a Revolução de 30.

Em seguida, vieram Franklin Delano Roosevelt, que se encontrou com Getúlio Vargas em Natal/RN, onde os Estados Unidos tinham uma base militar; Harry Truman, em 1947, recebido pelo presidente Eurico Gaspar Dutra; Dwight “Ike” Eisenhower, em fevereiro de 1960, recebido por Juscelino Kubitscheck.

Os próximos ocupantes da Casa Branca foram recebidos em Brasília. Jimmy Carter, por Ernesto Geisel, em 1977; Ronald Reagan, em 1982, pelo presidente João Figueiredo; George Bush (pai) pelo ex-presidente Fernando Collor; Bill Clinton esteve em Brasília em 1997, no primeiro mandato de Fernando Henrique; Georg W. Bush em 2005, no primeiro mandato de Lula e Barack Obama, em 2011, no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Apesar de ser apresentado como amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro e anunciar um empreendimento imobiliário de cinco edifícios (Trump Towers) com 38 andares, na zona portuária do Rio, o ex-presidente Donald Trump não esteve no Brasil. Alguns dos ex-presidentes dos EUA passaram pelo país mais de uma vez, como Francklin Roosevelt e Bill Clinton.

O ex-presidente John Kennedy visitou a cidade do Rio em 1941, quado tiha 23 anos. Há  na internet uma foto dele ao lado da mãe, Rose, e da irmã, Eunice, com o cartão postal da cidade, o Pão de Açúcar, ao fundo

 

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