O presidente Lula embarca no final desta semana para os Estados Unidos, a terceira viagem desde que assumiu o terceiro mandato, para encontro na sexta-feira com Joe Biden. Lula quer maior aproximação maior com o presidente americano e a agenda oficial contém vários temas desde a defesa da democracia, questões envolvendo imigrantes e meio ambiente.
NO encontro entre os dois presidentes, Lula deve destacar que tanto Brasil como EUA resistiram à tentativa golpista e precisam, agora, combater a extrema-direita. O tema é visto por assessores do Palácio do Planalto como caminho para gerar empatia entre os presidentes.
Isso porque Lula não é próximo de Biden e teve pouco contato com ele durante o governo de Barack Obama, quando o atual chefe de Estado americano era vice-presidente. Joe Biden desenvolveu relação melhor com a ex-presidente Dilma Rousseff porque foi escalado, durante o governo dela, para representar Barack Obama nas relações com a América Latina.
Na sexta-feira passada, durante encontro com a nova embaixadora americana no Brasil, Elizabeth Bagley, Lula tratou da visita a Washington. O encontro ocorreu por ocasião da apresentação das credenciais de parte de Bagley, quando ela assumiu oficialmente as funções diplomáticas junto ao governo brasileiro.
“Nós discutimos mudança climática, direitos humanos, democracia e as fragilidades da democracia não só no Brasil, nos EUA, mas também no resto do mundo”, disse Elizabeth após o encontro. Clima e meio ambiente serão outros temas importantes no encontro, por isso a ida da ministra Marina Silva na comitiva de Lula.
A Casa Branca informou na semana passada em seu site que Joe Biden aguarda a reunião com Lula na sexta-feira (10) para estreitar as relações entre os dois países. Os dois presidentes vão discutir o “inabalável” apoio à democracia no Brasil por parte dos Estados Unidos, afirmou o governo americano, e como os dois países podem trabalhar em conjunto de modo a promover inclusão e valores democráticos na região e no mundo.
No mês passado, Lula inaugurou sua agenda de viagens ao exterior, visitando a Argentina e o Uruguai, onde tratou de questões relacionadas ao Mercosul. No mês que vem está prevista viagem à China, o maior parceiro comercial do Brasil e grande investidor no setor elétrico nacional.