O requerimento para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras atingiu 139 assinaturas registradas nesta segunda-feira (27). Desde a semana passada, somente três parlamentares assinaram o documento apresentado por deputados do PL, partido do presidente da República.
A comissão foi uma sugestão de Bolsonaro que passou a atacar a estatal por conta dos aumentos sucessivos no preço dos combustíveis. A CPI é vista como um instrumento político que pode ter grande impacto eleitoral e, por causa disso, até mesmo aliados de Bolsonaro rejeitam a ideia. Contudo, alguns deputados da base como o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), e o líder do PL, Altineu Cortês (PL-RJ), ainda insistem na instalação do colegiado.
A oposição também se posiciona contra a CPI, justamente por enxergar a medida como eleitoreira.
Reação no Senado
Na semana passada, o Senado aprovou o convite de Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia, e Paulo Guedes, ministro da Economia, para falar sobre as políticas de preços da Petrobras e tratar da pauta dos combustíveis. O requerimento foi feito pelo líder da minoria na Casa, Jean Paul Prates (PT-RN), que alegou que a CPI era uma forma do governo desviar a atenção das políticas de preço da estatal.