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Garcia sobe o tom na segurança pública e busca se afastar de Doria – por Carlos Borenstein

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Em outro movimento para amenizar o desgaste do aumento da violência no Estado, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou que irá dobrar o efetivo policial que atua na capital paulista. O objetivo da medida é conter a onda de furtos e roubos, que está em alta nas últimas semanas.

Numa manifestação realizada ao lado do prefeito de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB), Garcia também fez uma frase de efeito ao dizer que “quem levantar arma contra a polícia vai levar bala”.

Com o aumento do número de policiais nas ruas, Rodrigo Garcia busca dar resposta rápida aos casos recorrentes de roubos violentos na capital. O governador vai disputar a reeleição para retornar ao cargo em outubro e tem entre os seus adversários o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas (Republicanos), que conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que tem como uma das bandeiras a postura “linha dura” contra criminosos.

De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública, o registro de roubos cresceu 7,45% no Estado no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Na capital, os casos passaram de 31,4 mil para 34,6 mil, alta de 10%, proporção que é semelhante ao notado no interior: de 10,6 mil para 11,9 mil (11,4%). Na Grande São Paulo, as ocorrências caíram, de 13,5 mil para 13,3 mil.

Em outro movimento, Rodrigo Garcia tem tentado se dissociar cada vez mais do ex-governador João Doria (PSDB). Na semana passada, ao participar de uma sabatina da Folha/UOL, Garcia evitou tratar Doria como candidato à Presidência da República.

Questionado diversas vezes sobre o assunto, Rodrigo Garcia não tratou Doria como candidato ao Planalto. Entre aliados dele, há o entendimento de que, se o ex-governador for candidato à Presidência, pode atrapalhar Garcia em SP, devido à sua impopularidade.

O governador defendeu, na entrevista, as credenciais de Doria, as prévias do partido e disse que ele é o mais experiente dos pré-candidatos. No entanto, afirmou que o nome dele deve ser submetido aos partidos da terceira via e citou credenciais também de Simone Tebet (MDB), a quem classificou como uma “mulher de fibra” e “com muita experiência”.

Rodrigo Garcia também deu sinais de que será pragmático na campanha ao sugerir que está em busca de eleitores de todos os espectros políticos. “Se eu tiver que dialogar com o Lula para defender os interesses de SP, eu vou dialogar. Se tiver que dialogar com Bolsonaro, eu vou dialogar”, afirmou o governador.

Governo de São PauloJoão Doriarodrigo garcia

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