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Tarcísio: Ferrogrão é fundamental para o Brasil

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O Ferrogrão é imprescindível para o Brasil por permitir o escoamento da produção agrícola da região Centro-Oeste do país pelos portos do Arco Norte, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. A declaração foi feita na última terça-feira (20) durante uma live promovida pelo jornal Valor Econômico.

O projeto da ferrovia prevê a conexão, com 933km de trilhos e investimentos na ordem de R$ 25 bilhões, entre a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Pará, desembocando no Porto de Miritituba. Como vem sendo mencionado por Tarcísio desde o início de sua gestão, o investimento no setor ferroviário brasileiro é de suma importância para o país.

“Quem diz que a extensão da Ferronorte ou a duplicação da BR-163/MT é melhor, não entende nada de sustentabilidade nem conhece o projeto da Ferrogrão”, disse Tarcísio.

Ferrogrão e meio ambiente

Segundo o ministro, a linha vai criar uma barreira verde, com plantio conservatório, segurando a expansão fundiária e retirando gás carbônico da atmosfera. “Tem que separar o que é ideologia, interesse comercial e proteção do meio ambiente. Esses ativistas não conhecem a [BR] 163 e seu entorno. (…) Estamos tratando isso com muita responsabilidade”, destacou.

Ele explicou que o projeto foi desenvolvido com a Climate Bond Initiative, possibilitando a redução em 50% a emissão dos gases do efeito estufa. A proposta prevê a retirada de 1 milhão de toneladas de CO2 da atmosfera da Amazônia. Além disso, segundo Tarcísio, o plano passa exclusivamente na faixa de domínio da BR-163/MT, não cortando qualquer terra indígena. As mais próximas estão a 4 quilômetros (Praia do Mangue) e 7 quilômetros (Praia do Índio).

Marco ferroviário

No evento, Tarcísio listou os investimentos que estão sendo realizados pelo país no modal ferroviário. Destacou que, desde o início da atual gestão, o governo federal já assegurou mais de R$ 31 bilhões contratados junto à iniciativa privada para as ferrovias brasileiras – uma forma de fazer frente à necessidade de expansão da malha nacional apesar das restrições do orçamento público.

No entanto, para aumentar o volume de investimentos, o ministro afirmou ser preciso aprovar um marco legal das ferrovias para facilitar novos aportes financeiros no setor, como o PLS 261/2018, que tramita no Senado Federal. “O instrumento de autorização é importante para reequilibrarmos a matriz do transporte, ampliando a participação do modal ferroviário [de 15% para 40% até 2035 com a mudança na lei]. A própria visão e os investimentos privados vão contribuir para dar maior eficiência à logística de transportes do país”, completou o ministro.


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