O presidente norte-americano, Joe Biden respondeu, à primeira correspondência oficial enviada pelo Palácio do Planalto desde a sua assunção, e o tom da carta foi considerado cordial e propositivo.
Depois do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, apoiar abertamente a reeleição de Donald Trump e criticar, também abertamente, o candidato vencedor, foi enviada uma primeira carta em 20 de janeiro no intuito de desfazer qualquer constrangimento por conta de seu comportamento com o líder internacional durante a corrida presidencial norte-americana.
Na sua resposta, Biden propôs diálogo com o presidente brasileiro, sobretudo no que concerne às ambições de compromissos ambientais, trabalhando em prol da natureza e do fim sustentável da pobreza.
Além disso, Biden pediu alinhamento do Brasil com fóruns internacionais de combate às mudanças climáticas, alegando que esta é uma “ameaça global” e que os grandes líderes compartilham a reponsabilidade de tornar seus países mais apropriados, mais “seguros, saudáveis e sustentáveis”. O presidente americano também reiterou a reposta rápida dos EUA para a pandemia da Covid-19.
Conflito de interesses
A Cúpula dos Líderes do Clima, que ocorrerá nos Estados Unidos em 22 de abril de 2021, Biden e Bolsonaro, apesar do tom amistoso de ambas as cartas por eles trocadas, se preparam para um confronto direto e massivo sobre a Amazônia, local de interesse global.
Em razão da queda da políticas verde durante a gestão Bolsonaro, um grupo de 30 CEOs de empresas nacionais se uniu para enviar um pedido de socorro ao presidente, uma vez que tal movimento gerou queda nos investimentos estrangeiros e nas movimentações comerciais.
Com a política ambiental como cerne de sua política externa, Biden tem as chaves do portão em mãos e está pronto para o embate direto com Bolsonaro, que desacredita a economia verde e desautoriza seus representantes que tentam fazer qualquer movimento nessa direção.