Em Assembleia Geral Extraordinária do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), as entidades representantes de caminhoneiros decidiram pela paralisação geral da categoria. A intensão é que a greve seja nacional, no dia 1º de fevereiro. Contudo, como mostrou O Brasilianista, a categoria está dividida e sindicatos regionais de caminhoneiros adiantam que não devem aderir à greve.
De acordo com o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Feira de Santana e Região (Sintracam), os caminhoneiros estão sendo orientados a permanecerem em casa. Em entrevista ao jornal A Tarde, um representante da categoria declarou que “nas rodovias, só vai passar ônibus e carro pequeno. Caminhão não passa”.
A reivindicação de destaque é contra a alta no preço dos combustíveis. Os caminhoneiros vem considerando o aumento abusivo. Além disso, buscam o estabelecimento de um piso mínimo de frete para o transportador autônomo, aposentadoria especial, marco regulatório do transporte e fiscalização mais atuante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Leia a íntegra da pauta de reivindicações.
Em 2018, a categoria realizou uma greve de 10 dias no mês de maio. A paralisação gerou perdas em todos os setores da economia. Segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil perdeu cerca de R$ 10 bilhões por dia. Na época, a principal reivindicação era a redução nos preços do óleo diesel, que subiram mais de 50% nos 12 meses anterior ao evento. Além disso, exigiam a fixação de uma tabela mínima para os valores de frete.