O que diz a PEC 391/17, que aumenta o FPM em 1%

Gustavo Lima/Agência Câmara

Hoje, a Constituição Federal define que 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) devem ser repassados aos municípios. O cálculo da distribuição é feito com base no número de habitantes – cada faixa populacional recebe uma parcela diferente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Além dos 22,5%, os gestores municipais também recebem um adicional de 1% da arrecadação nos meses de julho e dezembro, para repor a menor arrecadação municipal que costuma ser observada nesses meses.

O que a PEC 391/17 propõe é criar um repasse extra, no mês de setembro, também com o valor de 1% da arrecadação do IR e do IPI. A matéria está na pauta desta terça-feira (22) da Câmara dos Deputados.

De acordo com o texto, esse aumento será feito de forma escalonada: nos dois anos após a aprovação, o aumento será de 0,25 ponto percentual. A partir do terceiro ano passa para 0,5 ponto percentual. Somente a partir do quarto ano após a aprovação o acréscimo passa a ser de 1%.

Impacto

De acordo com as estimativas do Tesouro Nacional, o acréscimo de 1% no FPM, deverá ter impacto total de quase R$ 60 bilhões nos próximos 10 anos, sendo de R$ 1,3 bilhão já no primeiro ano após a aprovação.

Avaliação Arko Advice

O grande esforço do governo é tentar evitar que a votação aconteça nesta terça-feira (22). Se for colocada em votação, a tendência é que seja aprovada. Em dezembro de 2019, quando foi aprovada em 1º turno, a proposta teve 343 votos a favor e apenas seis contrários.

Postagens relacionadas

Copom não prevê novo corte na Selic. Entenda o motivo

Câmara aprova MEI para qualquer profissão, mas com regras

Prazo final para renegociar dívidas com Desenrola Brasil se aproxima

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais