O economista Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, informou à Comissão de Assuntos Econômicos nesta terça-feira (19) que está acompanhando a movimentação de alta do dólar, que bateu R$4,20 nesta segunda-feira (18), maior valor nominal – desconsiderando a inflação – da história.
Para o presidente do BC, o contexto da economia global auxiliou na valorização da moeda americana, mas também teve influência do leilão do pré-sal, que esperava uma entrada maior de capital estrangeiro, mas arrecadou R$70 bilhões de reais, abaixo do esperado e a maior parte advinda da Petrobras.
“Como a entrada não veio na mesma magnitude, tem-se agora uma volta. Isso é parte da explicação; parte é global. Além disso, tem muito exportador e importador segurando também, de forma que recursos estão ficando mais lá fora. São várias explicações. Recentemente, de fato, houve frustração com a cessão onerosa. Mas estamos monitorando de perto”, afirmou Campos Neto.