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G20: 2º trimestre segue com tendência de queda no comércio internacional

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Internacional

Na última quinta-feira (29), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apontou que o comércio internacional do G20 seguiu a sua tendência de queda no segundo trimestre, com as exportações a diminuírem 1,9% e as importações 0,9%. Esses números são resultado da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China que continua a prejudicar as transações comerciais no grupo das maiores 20 economias do mundo (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, França, Itália, Índia, Indonésia, Japão, México, República da Coreia – Coreia do Sul –, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia).

Na China, por exemplo, as exportações reduziram 5,3%, ou seja, o mínimo desde o quarto trimestre de 2017. Já nos Estados Unidos, recuaram 1,1%, também o mínimo desde o primeiro trimestre de 2018. Por outro lado, as importações tiveram um modesto aumento naquelas duas nações: 0,6% na China e 0,3% nos EUA, o que pode representar um movimento antecipado de armazenamento de produtos ante a entrada em vigor das tarifas aduaneiras que se tornaram efetivas no dia 10 de maio, bem como das medidas de retaliação de Pequim (que entraram em vigor a 1 de junho).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mantém sua estratégia de avanços e recuos nas negociações comerciais com a China, pois defende ser essa sua forma de negociar e que a China cederá num acordo. Segundo Trump, caso não haja um maior equilíbrio, o seu país não irá recuar, ao argumentar que a escalada de taxas alfandegárias não levará a nenhum lado, enquanto a China não admitir que está numa situação favorável.

As exportações dos Estados Unidos para a China cresceram no segundo trimestre (2,7%) ao passo que as importações somaram 0,2%, o que representa um valor notoriamente inferior ao terceiro trimestre do ano passado (com exportações de17,4% e importações de 10,7%). Nesse mesmo período, as exportações da União Europeia (UE), caíram 1,7% e as importações retrocederam 2,3%.

Na França, a terceira maior economia da UE, as vendas externas caíram 0,3% e as importações baixaram 0,7%. Na Alemanha, que poderá estar a caminho de uma recessão, a diminuição das exportações foi de 3% e as das importações 1,7%. Na Itália, as importações recuaram 0,6 (o que significa o quinto trimestre consecutivo em baixa) e as exportações tiveram uma tímida melhora de 0,1%.

Já o Reino Unido, diante da incerteza do seu processo de saída da UE (‘Brexit), teve uma queda considerável não só em suas exportações (-7,1%), mas também nas importações (-12,6%). Por sua vez, a Rússia contou com recuo nas exportações, no segundo trimestre, de 7,4%, embora a alta no preço do petróleo. Registraram queda ainda as exportações da Arábia Saudita (-3,5%) e as importações (-11,5%). No mesmo caminho aparecem também: Coreia (exportações -1,6%, a terceira queda trimestral consecutiva); Argentina (importações – 6,4%) e Turquia (- 6,4%).

No entanto, alguns países do G20 registraram melhora em seu comércio internacional no segundo trimestre de 2019: Austrália (exportações de 6,2%), Canadá (6,4%), México (2,4%) e Japão (0,2%).

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