Em discurso de posse ontem, ao assumir a presidência do STF, a ministra Rosa Weber afirmou que o país vive tempos “verdadeiramente perturbadores”, de “maniqueísmos indesejáveis”, e citou ataques “injustos e reiterados” sofridos pela Corte.
Sem a presença do presidente Jair Bolsonaro, que foi convidado, ela criticou os “discursos de ódio”, pregou a separação entre os Poderes e defendeu a “crença inabalável na superioridade do estado democrático de direito”.
Terceira mulher a comandar a Corte, ela ficará no posto por apenas um ano, uma vez que se aposentará em outubro do ano que vem, quando completa 75 anos. A afirmou ainda que “descumprimento de ordem judicial sequer se cogita em estado democrático de direito.
Segundo a ministra, o Supremo Tribunal Federal, “estejam certos, permanecerá vigilante na defesa incondicional da supremacia da Constituição e da integridade da ordem democrática”. No ano passado, durante os atos de 7 de Setembro, Jair Bolsonaro afirmou que não cumpriria mais as decisões do ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “canalha”.
Em um momento anterior do discurso, Rosa Weber já havia criticado os “discursos de ódio”. “Sejam as minhas primeiras palavras a de reverência incondicional à autoridade suprema da Constituição e de leis da República, de crença inabalável da superioridade do Estado democrático de direito, de prevalência do princípio republicano”.