A chegada do 5G puro (standalone) a Curitiba, Salvador e Goiânia foi confirmada para amanhã, terça (1), mas dificuldades para obtenção de componentes podem atrasar a chegada da nova tecnologia a todas as capitais de estados.
Esses componentes são necessários para evitar que a quinta geração de telefonia móvel (5G) provoque interferências em outros serviços que compartilham a faixa de 3,5 gigahertz (GHz).
O prazo atual termina no dia 29 do mês que vem e já é resultado de um ajuste no cronograma original. O novo limite deve ser fixado em 27 de novembro. A previsão inicial era de que o serviço fosse acionado em todas as capitais até o fim de julho.
A mudança no calendário de ativação do 5G “puro” – como ficou conhecido a versão “standalone” ou 5G SA – foi proposta na sexta-feira pelo grupo técnico responsável por acompanhar a ativação da nova rede, o Gaispi.
Mas a mudança de data precisa ser confirmada pelo conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O Gaispi é formado por representantes das operadoras de telefonia celular, dos radiodifusores e dos operadores de satélite.
O diretor da agência e presidente do Gaispi, Moisés Moreira, afirmou que insistir em manter o atual calendário de lançamento, sem os cuidados necessários para evitar interferências, pode levar à “judicialização” por quem se sentir prejudicado.
Informou que 15 capitais podem ser afetadas pelo adiamento: Recife, Fortaleza, Natal, Aracaju, Maceió, Teresina, São Luís, Campo Grande, Cuiabá, Porto Velho, Rio Branco, Macapá, Boa Vista, Manaus e Belém.
De acordo com o superintendente de outorga da Anatel, Vinicius Caram, as três capitais onde a rede 5G chega amanhã contarão com a ativação de um número de antenas bem acima do mínimo exigido no edital de venda das licenças do novo padrão tecnológico.
O sinal do novo serviço já chegou a São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa.