A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) apresenta nesta segunda-feira (29), em evento em São Paulo, as propostas que encaminhará aos candidatos à Presidência da República, como a defesa de uma política de reindustrialização articulada com fortes investimentos em infraestrutura.
De acordo com o presidente executivo da associação, Venilton Tadini, o país precisa parar “de dar um tiro para cada lado” e, diante do novo quadro internacional, adotar uma estratégia de inserção nas cadeias econômicas globais. Ele defendeu a retomada do gasto público com investimento, inclusive pagando obras com dinheiro hoje destinado a subsídios.
O documento a ser entregue aos candidatos foi avaliado nos últimos cinco meses por 22 comitês da associação, o que envolveu a atuação de mais de 600 especialistas de diversos setores. Segundo Tadini, três áreas estão no centro das transformações no mundo, após a pandemia de covid-19 e a guerra Rússia/Ucrânia: a aceleração da transição energética, a reindustrialização dos países e a preocupação com a segurança alimentar.
O Brasil, na avaliação de Tadini, está preparado para ter lugar de destaque em todos os três temas, especialmente na transição energética e na garantia da segurança alimentar. Mas será preciso que o Estado aponte para onde o país vai crescer, com planejamento de longo prazo e estratégias para cada um dos setores envolvidos.
Para o dirigente da Abdib, será necessário fazer correções imediatas enquanto o país ainda elabora sua estratégia articulada de reindustrialização e de investimentos em infraestrutura. Uma das correções refere-se, segundo ele, à retomada dos investimentos públicos em infraestrutura com recursos orçamentários. “Talvez hoje nós sejamos o país que menos invista em infraestrutura no mundo”, disse.