No programa do PL na TV Bolsonaro promete mais R$ 200 no Auxílio Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu, em seu programa eleitoral gratuito de quinta-feira (8) pagamento extra de R$ 200 às famílias do Auxílio Brasil por meio de um benefício criado no ano passado e que ele próprio não pôs em prática.

No programa do PL, veiculado pela TV, a campanha do presidente diz que o novo valor, que se somaria ao piso de R$ 600 mensais por família, seria repassado aos beneficiários que “começarem a trabalhar”, sugerindo tratar-se do Auxílio Inclusão Produtiva, já existente na estrutura de benefícios do programa social.

O benefício foi criado com a ideia de premiar beneficiários do programa, pessoas em situação de pobreza ou extrema pobreza, que conseguissem um trabalho com carteira assinada.

A promessa de Bolsonaro de conceder o adicional de R$ 200 aparece depois de a campanha do ex-presidente Lula (PT) passar a estudar a concessão de um bônus de R$ 150 para crianças de até seis anos, além de outros adicionais aos beneficiários do Auxílio Brasil, que substituiu o antigo Bolsa Família, criado durante a gestão petista.

“Os mais de 20 milhões de brasileiros que recebem Auxílio Brasil de, no mínimo, R$ 600 agora receberão mais R$ 200 se começarem a trabalhar. Vai ser R$ 800, mais o salário do trabalho”, diz a peça publicitária da campanha de Bolsonaro, sem informar como os gastos serão financiados.

Por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada em julho pelo Congresso, o Palácio do Planalto conseguiu aumentar o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 às vésperas das eleições, mas a medida só vale até o fim do ano.

O governo promete tornar permanente o novo valor, mas ainda não indicou de que forma vai fazer isso seguindo as regras fiscais em vigor, como o teto de gastos – que atrela o crescimento das despesas à inflação. Bolsonaro já falou em usar recursos obtidos com a venda das empresas estatais paras complementar o pagamento do auxílio.

A proposta do presidente de ampliar novamente o valor do Auxílio Brasil, sem indicar a fonte de recursos para isso, já é alvo de críticas no mercado.

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