Produção Industrial: 0,6% vs 0,3% expectativa vs 0,0% anterior (revisão altista)
Capacidade de Utilização: 80,3% vs 80,2% vs 79,9% anterior
O que importa
Após registrar estabilidade em junho (revisada de -0,2% m/m), a indústria inicia o 3T22 com alta de 0,6%, acima do esperado pelo consenso de mercado, puxado pela produção de veículos automotores (6,5% m/m) beneficiando Bens Duráveis, que avançou 3,5% após dois meses consecutivos de queda.
Por sua vez, a medida sem veículos também registrou aceleração de 0,1% m/m para 0,3% m/m, com alta de 0,3% m/m na Manufatura.
Na análise setorial, verificamos alta de 0,7% m/m para Manufatura e Mineração, enquanto Utilities registrou queda de -0,8% m/m.
E para frente?
Para os próximos meses os indicadores antecedentes da indústria têm apontado um ambiente mais desafiador à frente, enquanto o ISM Industrial de “Novos Pedidos” registrou o segundo mês consecutivo abaixo do patamar de expansão (50 pts), o dado do Empire Manufacturing de agosto apresentou uma das maiores quedas da série histórica.
Nesse sentido, a despeito de observamos espaço para aumento da produção diante da necessidade de recomposição dos estoques, a redução da demanda de Bens e aumento da taxa de juros pode dificultar a manutenção de leituras positivas. Para o 3T22, caso o segmento apresente estabilidade em agosto e setembro, a indústria deve crescer 0,54%, desacelerando com relação ao 1S22, mas reduzindo o termo de recessão para o curtíssimo prazo.
Autores:
Álvaro Frasson
Arthur Mota
Leonardo Paiva
Luiza Paparounis
Fonte e reprodução: BTG Pactual