Em quatro anos, energia solar e eólica vai responder por quase 20% da matriz energética nacional

Abeeólica/Divulgação

O Plano da Operação Energética (PEN 2022) tendo como horizonte o ano de 2026, apresentado ontem pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), prevê papel de destaque para as fontes geradoras de energia eólica e solar. Elas vão responder por quase 20% da capacidade do Sistema Integrado Nacional (SIN), dentro de quatro anos.

Pelos cálculos feitos pelo ONS, o Brasil terá aumento de 22,1 gigawatts (GW) de capacidade instalada entre o fim deste ano e o fim de 2026, passando de 173,8 GW para 195,9 GW, respectivamente. Desse total, 13,6 GW virão de usinas eólicas e solares nesse período.

As centrais eólicas vão adicionar 7,9 GW e solares, 5,7 GW – ambas vão corresponder a uma participação de quase 20% na matriz de energia elétrica. Ainda como a principal fonte geradora de energia, a hidráulica verá sua participação diminuir.

Essa fonte, que reúne grandes e pequenas usinas hidrelétricas, deve perder participação no mix elétrico. O crescimento será de apenas 0,2 GW em cinco anos. A taxa de participação deve cair de 58,6%, a contar do fim do ano passado para 52,1% no fim de 2026.

As térmicas a gás natural, carvão e usinas nucleares devem crescer dos 25,3 GW, a partir de dezembro deste ano, para 31,1 GW no fim de 2026, o que elevará a participação na matriz de eletricidade de 14,6% para 15,9%. A biomassa cresce no período (de 14,4 GW para 16,2 GW), mas a participação no mix se mantém em 8,3%.

Outro ponto de destaque apontado no PEN 2022 é a projeção de significativo crescimento no número de instalações de Mini e Micro Geração Distribuída (MMGD), principalmente a partir da fonte solar. No horizonte do plano este crescimento agrega mais de 10 GW de potência no sistema, o que trará novos desafios para a operação do SIN, como por exemplo, a necessidade de compensar o efeito da rápida redução de potência da MMGD solar no final do dia.

As centrais de micro e minigeração distribuída (MMGD) envolvem unidades com potência de até 5 megawatts (MW). Essa modalidade compreende a geração de energia para consumo próprio e venda do excedente, com unidades geradoras localizadas em residências ou instalações comerciais. Até junho, a MMGD possuía potência instalada de mais de 11 GW.

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