A pesquisa CNI/Ibope, divulgada na terça-feira (4), apontou que a popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) não se alterou na comparação com o mês de junho. Apesar do índice ótimo/bom ter permanecido estável em 14%. O resultado pode ser considerado bom para o Palácio do Planalto, pois a sondagem foi realizada em meio à uma conjuntura adversa para o governo. Além do desemprego ter atingido 12 milhões de pessoas, ocorreram protestos em algumas capitais contra o presidente.
Mesmo que 39% dos entrevistados considerem o governo Michel Temer ruim/péssimo, a estabilidade nos números mostra que há espaço para o presidente melhorar sua popularidade. Um exemplo disso são os 12% que ainda não sabem avaliar o governo. Ou seja, uma parcela dos entrevistados continua dando um “voto de confiança” a Temer. O dado negativo é o fato de 68% não confiarem no presidente.
Aposta no futuro
Há espaço para melhora na avaliação positiva. Segundo o Ibope, em relação às perspectivas para o tempo restante do governo, 24% apostam que será ótimo/bom, dez pontos percentuais acima do índice atual. 30% dizem que a gestão de Temer será regular, enquanto 38% apostam que continuará ruim/péssimo. Os próximos meses serão decisivos para uma mudança de perspectiva, com a aprovação das reformas e possível retomada do crescimento.
Um desafio para Temer é tentar se diferenciar em relação a gestão Dilma junto à opinião pública. Apenas 24% entendem que seu governo é melhor que o anterior. 38% afirmam que são iguais, enquanto 31% consideram a gestão Temer pior.
Os números devem ser vistos com cautela, pois a pesquisa foi realizada em meio a um clima desfavorável a Temer. De acordo com a sondagem, 10% citaram como notícia mais lembrada a reforma da previdência, 7% lembraram das manifestações contra o governo Temer, 5% a viagem do presidente à China, e 4% a reforma da legislação trabalhista.