Leitura obrigatória: Depoimento de Loures é adiado para quarta-feira


Com a expectativa da retomada do julgamento da ação contra a chapa Dilma Temer no TSE, causa certo alívio à defesa de Michel Temer que o depoimento de Rocha Loures tenha sido adiado para a quarta-feira. Temia-se um impacto negativo maior se algum conteúdo vazasse sem chance de contestação da defesa e influenciasse um possível veredito.

O julgamento pode por fim ao mandato de Temer ou estender a crise política, caso algum dos ministros peça vistas do processo.

Lava-Jato

Foi do relator da Operação lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, que partiu a ordem de prisão para Rocha Loures. O magistrado destacou, entre os motivos para a medida, participação do ex-assessor especial do presidente Michel Temer em organização criminosa. Fachin apontou a “regularidade de imposição de prisão preventiva para interromper a atuação de organizações criminosas”. Rocha Loures foi preso preventivamente no sábado, 3, pela Polícia Federal.

A defesa de Lula tentou suspender sem sucessos os depoimentos do empresário Emílio Odebrecht e de Alexandrino Alencar. A defesa alegou que só teve acesso ao conteúdo das delações na manhã de hoje tendo sido violadas as garantias do contraditório, da ampla defesa e da paridade de armas. Por economia processual o Juiz Sérgio Moro manteve os depoimentos, uma vez que as testemunhas já estavam sendo deslocadas para Curitiba. Para não prejudicar as defesas, o juiz disse que, caso necessário, as duas testemunhas podem ser ouvidas novamente. Para os advogados de Lula, o próprio juiz reconheceu o prejuízo à defesa e que pode reinquirir as testemunhas se houver requerimento.

Repercussão das delações

Além dos abalos políticos e judiciais as empresas envolvidas com os escândalos da Lava-Jato começam a sentir a repercussão dos seus atos.

No Equador, líderes do partido do presidente Lenín Moreno, na Assembleia Nacional exigiram,nesta segunda-feira, a expulsão da Odebrecht, assim como de seus diretores e representantes no país.

“Condenamos as ações da empresa brasileira Odebrecht e suas práticas ilícitas transnacionais de pagamentos de subornos ao redor do mundo”, diz o texto, que exige medidas imediatas contra a empresa.

Já a JBS vem sofrendo sofrendo boicote de algumas empresas às quais fornece insumos e apesar do acordo de delação pode ser investigada por crimes contra o sistema financeiro.

Com informações d’O Globo, Folha e Estadão.

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