Delações do fim do mundo e muito mais


Quatro potenciais novas delações assombram o mundo político: Guido Mantega e Antonio Palocci, ex-ministros da Fazenda do PT, Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Michel Temer e Lucio Funaro, considerado operador de Eduardo Cunha.

Todas têm potencial grave bastante amplo. Mantega e Palocci atingiriam o PT e Lula. Funaro e Loures, o PMDB. Palocci, segundo a mídia, envolveria empresas e instituições financeiras.

Provavelmente, as delações não devem sair ao mesmo tempo já que seguem lógica própria. No entanto, dado o adiantado das investigações, as oportunidades para as delações estão se esgotando.

O gran finale de Janot

Em especial, pela espetacular atropelada promovida pelos irmãos Batista, da JBS. Ao melhor estilo Chuck Rhoades, Rodrigo Janot provocou, como um gran finale para a sua gestão na PGR, a explosão provocada pelas revelações da dupla.

As potenciais delações mencionadas podem desde derrubar o presidente Temer a implicar Lula e demais lideranças políticas. Aécio Neves, vitimado pelas denúncias da JBS, foi rebaixado. Pode não morrer politicamente – se sobreviver ao embate jurídico – mas deixa de figurar na primeira divisão.

Rocha Loures pode não implicar diretamente Michel Temer, mas terá que assumir erros que não se sabe se são apenas seus. Lucio Funaro é outra fonte de dissabores: teria passado por ele informações e verbas que implicam figurões.

Já a dupla Palocci-Mantega destruiria o PT e enterraria de vez qualquer chance de Lula ser candidato. Aliás, o que faltava à Lava-Jato é um delator do PT. Parece que não mais.

Considerando a potencialidade dos eventos, não há possibilidade de o ambiente político voltar a um quadro pré-evento JBS. Esperava-se que após a delação de Marcelo Odebrecht e os seus executivos tudo o mais não pudesse surpreender.

Não é o que parece. Já que, além das quatro delações mencionadas, Rodrigo Janot prepara mais um ataque final ao mundo político com denúncias que vão comprometer seriamente as principais lideranças políticas do Congresso.

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