O Planalto não anteviu o tamanho da crise política que o episódio de Salvador e o depoimento do ex-ministro Marcelo Calero causariam. Em depoimento citou nomes de peso do governo, incluindo o presidente Michel temer, o que fez com que Geddel Vieira Lima pedisse demissão e deixasse vago o comando da Secretaria de Governo.
É o sexto ministro de Temer que cai e com receio que a saída dele ameace a pauta governista no Congresso, a substituição deverá ser feita com cuidado. O novo ministro terá que negociar a PEC do teto do gasto público no Senado e reformas importantes no Congresso, como a da Previdência que o planalto enviará ainda este ano.
Estão sendo cotados o secretário-executivo do PPI (Programa de Parceria e Investimento), Moreira Franco, e o assessor especial da Presidência da República, Rodrigo Rocha Loures. Mas outro nome com maior peso político, como costuma ser para o cargo de Secretário, ainda pode surgir. (Folha)
Oposição quer impeachment de Temer, PSDB minimiza crise
A bancada do PSOL anunciou que protocolará, um pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB). Após o anúncio, Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que a oposição encabeçará também um pedido de impeachment a ser apresentado à Câmara. Segundo Lindbergh a peça já está em elaboração mas não pode ser assinada por parlamentares, PT está em contato com movimentos sociais para definir quem vai assinar o pedido.
O argumento é que, segundo o depoimento do ex-ministro Marcelo Calero, Temer interveio em favor dos interesses pessoais de Geddel Vieira Lima e teria assim incorrido em crime de responsabilidade. Para o processo ser aberto, o pedido precisa ser acolhido pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado do governo. A cúpula do PSDB, reunida em evento do partido na Câmara dos Deputados, minimizou a crise e afirmou que o momento é de se focar na atual crise econômica e não “nas pequenas coisas”, referindo-se à crise que culminou na saída de Geddel. (Estadão)
Aécio: Temer deve enviar reforma da previdência logo
Em almoço com a cúpula nacional de PSDB, o presidente Michel Temer pediu apoio para a Aprovação da PEC do Teto dos Gastos. No primeiro turno, marcado para dia 29 o governo espera um placar favorável de 65 votos, são necessários 49 para levar a PEC ao segundo turno. A próxima pauta governista é a Reforma da Previdência, Temer disse que enviaria após o segundo turno da PEC do Teto. O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, presente no almoço, defendeu a importância da pauta e o apoio a que ela seja enviada o quanto antes ao Congresso. “Não há necessidade de esperar essa votação [o segundo turno]. Essa é a ideia dele [Temer] e nós estimulamos que seja enviado após o primeiro turno”, disse. (O Globo)