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Consequências políticas da terceirização

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A aprovação da lei que autoriza o trabalho terceirizado de forma irrestrita em qualquer tipo de atividade representa mais do que uma vitória do governo Michel Temer no Congresso.

A partir da promulgação da lei, como a geração de novos postos de trabalho deve ser acelerada no curto prazo, o governo poderá colher resultados positivos mais rapidamente na questão do emprego.

No contexto da crise econômica, poder contratar trabalhadores a um custo mais baixo e podendo gerar empregos temporários por até 180 dias, representa um incentivo para as empresas e melhores perspectivas para os brasileiros que estão desempregados.

Emprego é prioridade

A prioridade dada a questão do emprego foi reconhecida publicamente pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “A terceirização ajuda muito porque facilita a contratação de mão de obra temporária, e facilita a expansão do emprego”, afirmou.

A prioridade dada ao emprego também tem sido tema das manifestações públicas do presidente Michel Temer, do chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, entre outros ministros.

Mesmo que a recessão, segundo os especialistas, tenha chegado ao fim, e a inflação esteja em queda, o elevado desemprego é um dos fatores que contribui para que Temer tenha baixa popularidade nesse momento.

Como o emprego seria o último setor a sentir os efeitos positivos na economia, a terceirização tem potencial para ajudar Temer a melhorar sua avaliação positiva.

Vale destacar que segundo o presidente da FIESP, Paulo Skaf, somente em São Paulo, a terceirização tem potencial para gerar 700 mil novos postos de trabalho. No país, de acordo com Skaf, o número de empregos gerados pode superar os 3 milhões.

Aumento da popularidade

Apesar das críticas que a terceirização tem sofrido dos partidos de oposição e sindicatos de trabalhadores, a aprovação dessa proposta contribuirá para aumentar a geração de empregos e também a popularidade de Temer, pois a população, sobretudo os mais de 10 milhões de desempregados, sentirão no dia-a-dia uma mudança de perspectiva.

O possível aumento da popularidade do governo, mesmo que pequeno, a partir da geração de empregos, possibilitará a opinião pública enxergar mais claramente que a economia está de fato melhorando.

Nesse cenário, Henrique Meirelles, que assumiu a linha de frente na defesa das reformas previdenciária e trabalhista, passará a ser visto naturalmente como um potencial candidato ao Palácio do Planalto, assim como o presidente Michel Temer.

Como a disputa de 2018 será pulverizada, podendo um candidato chegar ao segundo turno com cerca de 20% dos votos válidos, a recuperação da atividade econômica fará o governo enxergar a sucessão presidencial do próximo ano com outra perspectiva.

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