Reações da mídia e redes sociais fez com que os líderes dos principais partidos recuassem uma vez mais com relação ao pacote de medidas contra a corrupção. O parecer aprovado esta semana recebeu emendas polêmicas como a que anistia o caixa dois. Os deputados votaram pela urgência da votação da matéria, mas sem identificação nominal dos votos, requerida por partidos de oposição. Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a anistia ao caixa dois não passa de “um jogo de palavras” para desgastar o Parlamento. Afirmou também que o texto seria votado apenas após discussão, sem “pegadinhas”.
Em nenhum momento ninguém ouviu da minha boca que haveria uma votação tão importante como essa com qualquer pegadinha. Cada um de nós tem mandato e responsabilidade com o seu eleitor, ninguém pode sozinho tomar uma decisão excluindo a vontade soberana do plenário — discursou Maia.
O relator do projeto de medidas contra a corrupção, Ônyx Lorenzoni, foi vaiado em seu discurso de defesa do texto, quando apelou ao patriotismo dos colegas parlamentares. (O Globo)
STF julga denúncia contra Renan em dezembro
Foi marcado pelo Supremo Tribunal Federal, para 1º de dezembro, o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da União (PGR) contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Caso o STF julgue procedente a denúncia, Renan se tornará réu de ação penal por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Segundo o inquérito da PGR, Renan apresentou emendas beneficiando a construtora Mendes Júnior e em troca recebeu propina da empreiteira. A empresa pagaria as despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem o senador mantinha relações extraconjugais. Além desse outros 12 inquéritos estão relacionados a Renan no Supremo. Alguns poderão ser julgados futuramente por uma das Turmas da Corte, quando Renan deixar a presidência do Senado em 2017. A assessoria divulgou nota do senador que diz estar “tranquilo e confiante na Justiça brasileira”. (Estadão)
PGR avalia abrir inquérito contra Geddel
A polícia federal enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR), o depoimento do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero sobre o episódio envolvendo o ministro Geddel Vieira Lima. O depoimento será avaliado juntamente com a representação que parlamentares fizeram à PGR em relação ao caso. Geddel teria usado cargo para pressionar Calero a revogar parecer do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional). O parecer impede a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador em área tombada. Caso seja aberto o inquérito ele correrá no STF pois Geddel possui foro privilegiado. (Folha)