Campanha anti-Levy perde força


Após enfrentar intenso bombardeio midiático patrocinado pelo PT, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy tem assegurada, por ora, sua permanência no governo. A fala contundente da presidente Dilma Rousseff garantindo sua continuidade à frente do Ministério da Fazenda arrefeceu a campanha pela mudança de comando na pasta.

A declaração fez o ex-presidente Lula se recolher. Em entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila, na GloboNews, o líder petista disse não estar em campanha pela saída de Levy. Uma possível troca do ministro pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, desejo de Lula, subiu no telhado. Além da antipatia de Dilma por Meirelles, a presidente não quer continuar passando a imagem de que é tutelada por seu antecessor.

A melhoria no quadro político também vinha contribuindo para sedimentar Levy no posto. Negativa de maneira geral, a prisão do senador Delcídio Amaral, líder do governo, pela Operação Lava-Jato, também deve colaborar, pois manterá o ministro faz Fazenda longe dos holofotes. Antes do infortúnio do senador petista, apesar da falta de sintonia entre o ministro e os congressistas, o ajuste fiscal estava andando no Legislativo, ainda que devagar.

A manutenção dos vetos da chamada “pauta-bomba” e os avanços recentes na mudança da meta fiscal e na renovação da DRU emitiam sinais importantes ao mercado e renovam o fôlego do ministro.

Assim, a possibilidade de extensão da era Levy para depois do ajuste desponta com mais força. Dilma considera que, passada a fase dos “remédios amargos”, o ministro deve permanecer no cargo para dar o passo seguinte, ou seja, anunciar medidas voltadas para o crescimento econômico.

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