Michel Temer interino assumiu a Presidência da República em 12 de maio de 2016, depois que o Senado decidiu aceitar a abertura do processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff.
A Arko Advice analisou 70 votações nominais e abertas ocorridas desde sua posse como interino até 31 de agosto. A média de apoio registrada ao governo Temer foi de 54,66%. Ela foi superior à de Dilma, tanto no primeiro mandato (48,72%) quanto no segundo – entre fevereiro de 2015 até 11 de maio de 2016 (48,19%).
No período, foram registradas apenas duas derrotas. Uma delas foi revertida. No dia 6 de julho, foi votado pedido de urgência para o projeto de lei da dívida dos estados. Eram necessários 257 votos, mas o governo teve apenas 253. Uma semana depois, o mesmo requerimento foi novamente analisado e aprovado com esmagadora maioria: 335 votos.
Outra derrota ocorreu na votação de um veto sobre alterações no Código de Trânsito. A liderança do governo recomendou a derrubada do veto, mas foram registrados apenas 238 votos. Era necessário o apoio da maioria absoluta.
Os partidos mais alinhados ao governo são os pequenos, como PRTB (80,70%), PRP (77,14%), PHS (69,18%), PPS (68,75%) e PSC (67,09%). Entre as principais legendas, o mais fiel tem sido o PSDB, com índice de apoio de 65,32%, seguido de PSB (64,60). O PMDB (63,95%) aparece atrás do PV (64,28%) e do PR (64,23%).