O futuro caça da Força Aérea Brasileira (FAB), nova geração da aeronave Gripen foi apresentada na quarta-feira (18) em Linköping, na Suécia. Batizado de “Gripen E” pela fabricante sueca – Saab – o modelo tem a base da versão “Gripen NG”, escolhida pela FAB. Será dotado de equipamentos extras mais avançados que os escolhidos para a série selecionada pela Força Aérea da Suécia.
“O Gripen E reúne o conhecimento que a Saab acumulou nos em 70 anos no desenvolvimento de aeronaves”, afirmou Ulf Nilsson, vice-presidente da SAAB, ao apresentar o novo caça. “É um projeto com preço competitivo e muitas opções de personalização que podem se adequar às necessidades de qualquer força militar”.
A partir de 2019, a FAB deve começar a receber os primeiros Gripen da encomenda de 36 aeronaves feitas pela Aeronáutica, ao custo de US$ 5,4 bilhões. O contrato inclui transferência de tecnologia para o Brasil, com parte dos aparelhos construídos no Brasil, pela Embraer.
Em 2014, o governo brasileiro fechou acordo para a compra de 36 caças “Gripen NG”. Dos 36, 15 serão produzidos no Brasil. Para o comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, “a aeronave Gripen é um divisor de águas para a indústria de defesa do país”.
Caça da FAB
O sistemas embarcados no Gripen NG, como a Saab chama a nova geração do avião, vão permitir o uso de mísseis ar-ar (de interceptação aérea) e ar-terra de médio e longo alcance orientados por radar, bombas “inteligentes” guiadas a laser, além de uma série de outros recursos, como sensores infra-vermelho de busca e equipamentos de guerra eletrônica, como perturbadores de radares e rádios.
O pacote de tecnologias para o Gripen NG escolhido pelo Brasil o torna mais avançado que a série selecionada pelos suecos. Além dos tanques de combustível internos de maior capacidade, o que exigiu a instalação de um trem de pouso mais robusto, o caça da FAB ainda terá um dos painéis de controle mais impressionantes da aviação militar.