Desde que assumiu o governo interinamente, em 12 de maio deste ano, Michel Temer coleciona vitórias importantes no Congresso Nacional.
Vitórias de Temer no Congresso
A média de apoio ao governo na Câmara é de 57,19%. A Arko Advice analisou 45 votações nominais ocorridas na Casa entre 12 de maio e 14 de julho. Para efeito de comparação, em seu primeiro mandato a presidente afastada Dilma Rousseff obteve 48,19% (281 votações analisadas). No segundo (analisado até 11 de maio), a média foi de 48,72% (229 votações).
O índice de adesão é superior a 50% em 23 dos 27 partidos com representação na Casa.
O governo sofreu apenas uma derrota na Câmara, revertida uma semana depois. Por insuficiência de votos, a Casa não aprovou a urgência para o projeto de lei que trata da renegociação da dívida dos estados. Eram necessários 257 votos, mas faltaram quatro. Entretanto, na semana seguinte, a urgência foi aprovada com ampla margem (337 x 105).
Outras batalhas importantes para o governo foram a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e do pedido de urgência para a votação do projeto que torna facultativo o direito de preferência de a Petrobras atuar como operadora e deter participação mínima de 30% nos consórcios formados para exploração de blocos licitados no regime de partilha de produção.
A vitória mais emblemática, contudo, foi na votação para a presidência da Câmara. A eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que mostrou grande capacidade de articulação dos aliados, dá boas perspectivas para a agenda do governo no segundo semestre.
No Senado, o Planalto teve que ceder durante votação da medida provisória que ampliava a participação do capital estrangeiro nas empresas aéreas. O percentual de 20%, atualmente permitido, foi aumentado para 49%, mas emenda com apoio do Planalto alterou o teto para 100%. Diante da reação dos senadores, Temer se comprometeu a vetar esse dispositivo.