Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou, no início da tarde de hoje, à presidência da Câmara. Algumas considerações importantes sobre sua decisão.
Cassação
A tendência continua sendo a cassação. A renúncia cria um fato político importante e Eduardo Cunha pode ganhar um pouco mais de tempo. Pode, inclusive, ter uma vitória na Comissão de Constituição e Justiça. Mas no Conselho de Ética e no Plenário sua situação continua muito difícil.
Nova eleição
O Regimento Interno da Câmara diz que, em caso de vacância do cargo de presidente, uma nova eleição acontece em até cinco dias. Ou seja, em tese, já na próxima semana poderia ser escolhido seu sucessor. A votação é secreta e ganha quem tiver o apoio da maioria absoluta da Casa (257). O nome a ser eleito fica no cargo até o início de fevereiro de 2017, quando haverá nova eleição. Não é permitida a reeleição.
Sucessores
A Câmara está dividida. Alguns nomes cogitados são, Esperidião Amim (PP-SC), Heráclito Fortes (PSB-PI), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Beto Mansur (PRB-SP), Hugo Leal (PSB-RJ), Rodrigo Maia (DEM-RJ), entre alguns outros. São todos nomes que contam com alguma simpatia do presidente Michel Temer. É pouco provável que o eleito seja um nome de oposição ao governo.
Governo
A renúncia de Cunha foi positiva para o governo. A Casa está não tem comando nem interlocução. A presidência estava sendo alternada entre Waldir Maranhão (PP-MA), Beto Mansur e Giacobo (PR-PR).